Na semana passada, os sócios da startup brasileira Urby estiveram em Dublin, na Irlanda, para participar do Web Summit, um dos maiores evento de ideias na área de tecnologia da Europa. Eles foram chamados para participar do programa Alpha do festival, após se inscreverem no processo seletivo.
“As palestras e conversas às quais teremos acesso serão sem dúvida uma experiência muito enriquecedora”, disse Alain Banfi em uma entrevista por e-mail enquanto ainda estava em Dublin. “Temos também grande interesse no networking e eventualmente em uma próxima rodada de investimento para evoluir nosso produto e trazer um grande volume de usuários.” O evento, segundo Banfi, reúne mais de 400 investidores de tecnologia de todo o mundo.
O Urby é um site de busca de imóveis que oferece exposição gratuita de anúncios para imobiliárias. “Temos uma tecnologia própria de ‘crawling’ (robôs que captam informações dos sites imobiliários) e um rigoroso sistema de padronização e validação dos dados”, explica Banfi. Graças a essa tecnologia, o Urby chegou ao mercado em junho passado com um grande banco de dados, agregando imóveis de mais de mil sites imobiliários do país.
Segundo o empreendedor, há quase 5 milhões de imóveis no banco acumulado e cerca de 450 mil no banco de dados ativo. “Temos um sistema rigoroso de filtragem e quase 40% do que captamos não entra em nosso banco por falta de completude dos dados”, diz Banfi.
Esses imóveis podem ser encontrados pelos usuários via lista, mapa ou utilizando filtros diferenciados, como o preço do metro quadrado.A ideia do Urby começou a ser concebida em 2010, quando Banfi voltou ao Brasil para implementar a filial de uma empresa sueca especializada na busca vertical de imóveis. “Passamos quase um ano tentando adaptar a plataforma para o mercado local, mas não conseguimos”, diz ele. “O mercado imobiliário brasileiro tem particulares muito distintas, há uma grande falta de padronização e atualização dos dados.”
Para resolver esses desafios, Banfi se reuniu com dois especialistas, um em mineração de dados e outro em mercado imobiliário, para desenvolver a tecnologia hoje usada para coleta de dados do Urby. “Foram dois anos para se chegar a uma solução sólida e escalável e mais um ano para construir a interface inicial”, diz o empreendedor.
Logo no começo da operação, em julho, a startup conseguiu um aporte de R$ 1 milhão realizado por um grupo de investidores-anjos brasileiro chamado A4B. Banfi conta que esse recurso foi usado para montar a equipe e trazer um tráfego inicial de usuários.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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