Startups para o mercado de arte não são comuns. Mas o engenheiro canadense, Naysawn Naderi resolveu se arriscar e criou uma empresa para tentar levar inovação ao setor, a Art Sumo.
A iniciativa oferece um serviço online que expõem os quadros de artistas, como numa vitrine. Colecionadores e compradores podem ver as obras online e adquirir as que mais gostam. A Art Sumo, contudo, não exibe todas as obras disponíveis antes de o usuário cadastrar seu e-mail. Só acessa o portfólio virtual completo quem aceita receber ofertas de quadros.
Naderi fundou a Art Sumo em 2011, quando teve a ideia de facilitar a descoberta por grandes artistas. A inspiração veio dos contatos que fez em suas viagens a trabalho. Acostumado a comprar quadros para presentear a mãe, ele foi conhecendo pessoas com muito talento e pouca oportunidade de serem reconhecidas internacionalmente. O site cobra entre US$ 165 e US$ 475 por obra de arte.
Hoje, o site pensado por Naderi conta com mais de 50 artistas, sendo muitos deles do Iraque, das Filipinas, do Haiti e também do Brasil. A pintora curitibana Katia Kimieck usa o serviço e conta como é sua experiência na plataforma.
“Eu consigo alcançar outros públicos usando o serviço. Pessoas de outros países chegaram a entrar em contato comigo para elogiar o meu trabalho”. Além de se sentir estimulada pela venda de algumas obras, ela conta que a motivação de entrar para o site também foi importante para a sua carreira: “Hoje tenho trabalhos mais desenvolvidos, graças ao incentivo que tive com a divulgação no site”, afirma.
Em termos financeiros, a artista acrescenta que a experiência foi recompensadora. Para ela, em comparação a galerias de arte que chegam a colocar até 50% de lucro sobre o preço dos quadros, a startup tem perspectivas melhores para artistas anônimos. “No começo, entrei em contato meio desconfiada, mas quando falei com o Naderi por telefone fiquei mais confiante e deu tudo bastante certo”. De acordo com ela, o dinheiro pago pela venda das obras é recebido em duas parcelas: uma antes de o quadro ser enviado por correio e outra quando o material chega a seu destino. “Os custos com o traslado são pagos pela startup”, completa.
Para fazer parte da rede, Katia enviou fotos de seus quadros para Naderi analisar. “Ele pede fotos dos trabalhos e, para ter noção das dimensões dos quadros, pede também para alguém aparecer junto na foto”.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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