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Empreendedorismo

Startup usa Big Data para facilitar a vida de pequenas empresas

14/04/2014

Uma pessoa conectada acorda, lê e-mails, posta algo no Facebook e troca mensagens pelo WhatsApp no trajeto até o trabalho. Na hora do almoço, acessa a web do computador da empresa e compra um sapato num e-commerce qualquer.

As duas tarefas, cotidianas na vida de milhões de pessoas conectadas na internet, geraram um grande volume de dados. Como elas e outras ações na web acontecem o tempo todo, bilhões de informações são criadas em todo mundo. É muita coisa. Nossa cabeça já cansa só de pensar na quantidade de informações deixadas pela humanidade na internet – analisar e interpretar todos esses dados então, então é impossível para um humano.

Mas ao contrário do cérebro, máquinas podem aproveitar esse volume gigantesco de bytes e facilitar a vida das empresas e ajudar a criar estratégias, identificar problemas, mostrar soluções para as pessoas – como eu, você e a do começo deste texto. Essa capacidade de captação e interpretação de grandes volumes de recebeu o nome de Big Data. Com o objetivo de usar soluções tecnológicas para beneficiar empresas, surgiu em 2011, no Rio de Janeiro, a BigData Corp.

O fundador da empresa é o carioca Thoran Rodrigues, de 30 anos. Formado em engenharia de computação, trabalhou por um tempo em uma consultoria de tecnologia. Desmotivado com o trabalho, Rodrigues começou a pensar em um negócio próprio em meados de 2010. Um ano depois, largou o emprego na consultoria e criou a BigData Corp. Para Rodrigues, a Big Data tem papel importante em um momento de transição da sociedade. "Se na Revolução Industrial houve a automatização da produção, agora automatizamos a análise de informações e vamos tirar proveito disso", diz.

A BigData Corp. oferece serviços baseados em três "estágios" da relação das máquinas com os dados. O primeiro é a captação bruta de informações, que pode ser usada por empresas que queiram entender melhor o mercado em que atuam. Rodrigues explica essa frente de trabalho com o e-commerce como exemplo. Segundo estudo da BigData Corp., o Brasil tem, aproximadamente, 400 mil plataformas de comércio eletrônico ativas. Segundo ele, o dono de uma pequena loja virtual só enxerga a Netshoes como concorrente. Mas a verdade é que esse empreendedor tem que se preocupar com outros vendedores que têm as mesmas condições que ele.

É claro que um empreendedor pode procurar a concorrência sem a Big Data. Basta usar o Google, não é mesmo? Certo. Mas a rapidez das máquinas faz com que a captação de informações seja mais rápida e muito menos trabalhosa.

A BigData Corp. também trabalha com a análise dos dados coletados. Um dos exemplos dados por Rodrigues é a interpretação dos dados de uma conta telefônica. "Até em empresas pequenas, a quantidade de telefonemas é enorme. Se um empreendedor quer encontrar uma maneira de diminuir o valor da conta, ele pode usar a Big Data para descobrir se alguém usa o telefone para ligações longas, ou se liga demais para um número em vez de resolver problemas de uma vez, dentre outros critérios", afirma ele.

Em um estágio intermediário entre a coleta da informação e a análise do material bruto, há outro serviço da BigData Corp. chamado por Rodrigues de "validação". Com essa validação, as máquinas ajudam o empreendedor a descobrir se seus clientes não estão utilizando identidades falsas. A BigData Corp. consegue criar um questionário e, de acordo com as respostas, descobrir fraudes. "Na hora da compra, o cliente informa um endereço de entrega. Com essa informação, as máquinas procuram informações que só alguém das redondezas pode responder, como o nome do restaurante, do salão de beleza ou da escola estadual mais próxima. Por mais que seja possível acertar algumas questões, a pessoal mal intencionada vai escorregar em algum momento", diz Rodrigues.

De acordo com Rodrigues, o preço pelo serviço "é baixo comparado ao retorno trazido." Um trabalho de coleta de informações brutas pode custar R$ 750 por mês. Já a elaboração de um questionário tem o preço inicial de 25 centavos por usuário. "Até por conta do custo-benefício, a maior parte da nossa carteira de clientes é composta de pequenos empresários", afirma.

Segundo a BigData Corp., o faturamento da empresa em 2013 foi de aproximadamente R$ 4 milhões. Para este ano, a meta é dobrar os ganhos. E Rodrigues acredita que a empresa vai conseguir. "Ficamos até surpresos com o ritmo de crescimento do ano e estou confiante que atingiremos nosso objetivo", diz o fundador da empresa.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

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