A startup inglesa Memrise combinou gatos e estudo de idiomas – no caso o espanhol – em um aplicativo para iOs chamado CatAcademy, lançado este ano.
Pode parecer uma grande bobagem, mas os empreendedores têm seus fundamentos. “O ponto inicial era como transformar os insights da ciência cognitiva e dos estudos da memória em um produto educacional”, disse ao “The Wall Street Journal” Ben Whately, diretor de operações da empresa. A resposta encontrada foi: gatos fofos.
Assim, a ideia é que o aluno de espanhol aprenda de forma mais descontraída e associe as frases às imagens selecionadas.
E, por incrível que pareça, há evidências científicas que respaldam a ideia. Já é sabido, por exemplo, que o humor melhora a memória. Em 1977, um estudo publicado no Journal of Educational Psychology demonstrou que estudantes que assistem palestras com um certo tom de humor absorvem mais informação do que aqueles que ouvem palestras sem piadinhas no meio.
A “fofice” também é uma questão-chave. Um estudo japonês de 2012 provou que estudantes que viam fotos de gatinhos e filhotes fofos exerciam melhor tarefas que necessitavam atenção do que alunos expostos a imagens menos bonitinhas – de cães e gatos adultos.
O que se extrai de tudo isso? Que gatinhos meigos podem ajudar no aprendizado de espanhol – a empresa promete novos idiomas em breve. E se você está se perguntando por que não foram usados filhotes de forma geral, mas apenas gatos, Whately responde: “Gatos são muito mais expressivo que cachorros, que têm uma gama muito estreita de expressões.”
Então, o aplicativo funciona assim: cada expressão em espanhol é acompanhada da imagem de um gatinho. “¿Qué pasa?”, por exemplo, tem como ilustração um bichinho atendendo um celular, já “¿qué hora es?” vem com um gato olhando para um relógio.
Pelo menos alguns investidores já acreditaram no app. O CatAcademy recebeu US$ 4 milhões em aportes da Avalon Ventures e da Balderton Capital.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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