Quem tem um bicho de estimação sabe: os animais são parte da família. Só de pensar na ausência deles, dá um aperto no coração, não é mesmo? Pior é imaginar que o bichinho escapou de casa e não sabe o caminho de volta. Algumas startups identificaram nesse amor pelos bichos uma oportunidade de mercado e ajudam a encontrar animais perdidos: a Meu Peludo e a TagPet usam QR codes – aqueles códigos quadrados que podem ser lidos por dispositivos com câmeras – para identificar os animais e facilitar a devolução aos donos.
A Meu Peludo foi criada em Natal (RN) por Sérgio Oliveira, 26 anos, e Philipe Coutinho, 28. A ideia da criação do negócio surgiu em 2010, mas o lançamento oficial da empresa ocorreu em janeiro deste ano. A Meu Peludo vende tags de identificação, que devem ser colocadas na coleira dos animais. Cada uma tem um QR code diferente. Caso o animal escape, quem encontrá-lo poderá obter mais informações a partir do código.
Quando lido por um celular, tablet ou notebook com câmera, o QR code direciona o usuário a uma página na internet feita especialmente para o animal. O endereço online contém nome, raça, sexo e idade do animal, além das informações de contato do dono do animal. "Quando alguém faz a leitura do código, o dono recebe por e-mail um alerta com a geolocalização do animal", diz Oliveira.
Vale ressaltar que os aparelhos precisam ter um leitor de QR code instalado para fazer a leitura. A Meu Peludo também inclui o link da página do animal na tag de identificação. Assim, caso precise, basta ir a um computador para saber quem é o pet e onde está o seu dono.
A TagPet, criada em São Paulo, existe há mais tempo: desde setembro de 2012. Um dos sócios da empresa é Fernando Guerra, 35 anos. Desde o ano anterior, Guerra já tentava aproveitar a inovação trazida pelos QR codes para empreender: ele chegou a criar um projeto que possibilitava a venda de produtos por meio dos códigos, mas o negócio não foi adiante. Posteriormente, ele se associou ao outro sócio da empresa, Marcelo Balleroni, 45.
O funcionamento do produto da TagPet é parecido com o da concorrente, mas tem dois diferenciais. O primeiro vem à tona após a eventual perda do animal: os donos podem, no ato do desaparecimento, informar o local em que o bicho foi visto pela última vez.
O segundo diz respeito a facilidades aos donos e a quem encontra os animais: a startup usa a geolocalização das tags para mostrar quais são os pet shops e as clínicas mais próximos de onde está o bicho. Uma parceria com o Buscapé dá aos usuários acesso às melhores ofertas para pets no comércio eletrônico.
A Meu Peludo vende os identificadores pelo site. Cada um custa R$ 19,90 e o frete é grátis. Já a TagPet apostou em parcerias com lojas físicas e e-commerces. O preço sugerido pela startup também é de R$ 19,90. Segundo Sérgio Oliveira, em breve a Meu Peludo deve disponibilizar seus produtos em lojas parceiras.
Nenhuma das empresas revela dados de faturamento, mas as duas querem ampliar seus negócios em 2014. A TagPet já pensa até em chegar a outros continentes. "Queremos internacionalizar o negócio para mercados que estão em franco crescimento, como América Latina e África", afirma Guerra.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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