Na coluna de dezembro, comecei uma série de três textos dedicada a um tema tão importante quanto complexo na vida de uma empresa: a sociedade. Nesse início, falei de alguns cuidados formais que deixam os sócios mais confortáveis com essa relação. Agora é hora de falar das competências necessárias para fazer a empresa dar certo.
Um negócio de sucesso depende de várias competências para funcionar. Em uma startup, elas estão divididas em quatro áreas:
Tecnologia
Engloba tudo o que é necessário para o produto funcionar. Nas startups digitais, trata-se de competências em programação de computadores, design, experiência de usuário, infraestrutura de servidores e outros aspectos. Você pode até começar sem essa perna, mas recomendo tomar alguns cuidados com a terceirização da tecnologia (leia mais nesta coluna).
Operação
Tem a ver com a maneira como o negócio funciona, sua dinâmica e seus processos. Quem é mais técnico pode confundir isso com a competência de tecnologia, mas é diferente – e varia conforme o tipo de negócio. Se sua startup é um comércio eletrônico, por exemplo, a operação tem muito a ver com processos de negociação de compra com fornecedores, gestão de fluxo de caixa e métricas de conversão. Já uma empresa de serviços de gerenciamento de cursos e escolas exige um conhecimento de como o mercado educacional funciona e das principais etapas e necessidades do cliente.
Comercial
Toda startup precisa vender, afinal esse é o objetivo de uma empresa. E cada negócio exige um formato comercial específico. Essa área demanda uma série de competências, como marketing, desenvolvimento de canais de distribuição – que podem ser online e off-line –, precificação e modelagem comercial, gestão de processos e funis de vendas.
Gestão
Cada um dos processos já mencionados precisa funcionar bem e em harmonia. Para que tudo esteja em sintonia com os objetivos e a visão da empresa, é preciso ter uma boa gestão. O empreendedor faz o papel de gestor executivo, garantindo que a estratégia e os objetivos da empresa sejam seguidos.
É muito difícil encontrar essas quatro competências bem desenvolvidas em uma pessoa só não existe empreendedor super-herói. Por isso, ao montar sua sociedade ou mesmo sua equipe, procure pessoas com competências complementares às suas e distribua suas habilidades dentro dessas áreas.
Na próxima e última coluna da série, vou falar de uma questão delicada e muitas vezes subestimada por sócios: o aspecto humano, que abrange afinidade e alinhamento de visão e de valores. Até lá!
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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