“Muitas vezes, o empresário do setor de alimentação tem uma visão muito pragmática do negócio e não percebe quando está fazendo marketing e comunicação”, afirma Márcio Martinelli, 55 anos, cofundador da agência Bluebox.
Mas para ter uma estratégia de sucesso, o empreendedor tem de ficar consciente das diferentes possibilidades para divulgar seu restaurante ou rede. Com anos de experiência, Martinelli trabalha com diferentes marcas desse setor, incluindo o Grupo IMC, responsável por grandes redes como Viena e por trazer nomes como Red Lobster e Olive Garden para o Brasil.
Antes disso, Martinelli trabalhou por muito tempo com o McDonald’s, líder do mercado. O especialista conversou com Pequenas Empresas & Grandes Negócios sobre como um empreendedor pode fazer um marketing mais eficiente do seu restaurante ou rede. Confira as dicas abaixo:
1. Use o diferencial como o motor da sua divulgação
Antes de fazer qualquer coisa, saiba o que diferencia seu restaurante de todos os outros que existem no mercado, o que o torna único – nada de escolher aspectos genéricos como “atendimento diferenciado”, “qualidade da comida”, afinal essas coisas não passam de obrigações da empresa. “Tem de ser elementos que façam o público identificar sua empresa logo de cara”, afirma Martinelli.
2. De olho nos detalhes
O mercado de alimentação tem um grande leque de oportunidades para fazer marketing, por isso você não poder perder nenhuma oportunidade de divulgar sua marca. “Cuide de cada detalhe observando todos os aspectos dos produtos, serviços, preços, merchandising, instalações, equipamentos”, diz o fundador da Bluebox. Para não se esquecer de nada, faça uma lista para saber se tudo está em ordem. E todos esses elementos devem conversar entre si e com seu cliente. No fim, analise os resultados de cada um desses aspectos.
3. Pense nos ícones
Fique de olho na mensagem que cada símbolo escolhido para seu restaurante passa para seus clientes, mesmo que inconscientemente. Reflita sobre como eles combinam ou não com a proposta e missão do seu negócio e com o público com quem você quer atingir.
4. Funcionários são embaixadores da sua marca
Os funcionários são os primeiros embaixadores e representantes da sua marca, portanto o treinamento é muito importante. Eles precisam conhecer sua empresa tão bem quanto você, isso ajudará a conquistar a confiança e fidelizar os clientes. Também é uma forte mensagem sobre como sua empresa lida com seu time e demonstra cuidado e preocupação tanto com os funcionários quanto os clientes.
5. Seus clientes são de casa
O tratamento personalizado é algo importante para cativar seus clientes. Fuja da impessoalidade, tente se lembrar de clientes recorrentes e demonstre isso. Aproximar-se do cliente – de forma respeitosa e não invasiva – é uma ótima maneira de fidelizá-lo.
6. Eleja seu boi de piranha
Segundo Martinelli, ele é o produto que atrai as pessoas, vendido com baixa margem de lucro ou até mesmo com prejuízo. Ele acabará levando as pessoas a consumir outras coisas que vão aumentar o ticket médio. Ele atrai, mas manter o cliente dentro do restaurante é papel da equipe.
7. Transforme produtos e acessórios em mídias valiosas e eficientes
O cardápio é um veículo de comunicação, assim como podem ser os guardanapos, as embalagens dos produtos e os veículos da frota. E como são mídias de sua propriedade você não precisa pagar nada pela veiculação.
8. Sempre divulgue as novidades
A marca tem um ciclo de vida e precisa se renovar para continuar relevante. Ela precisa deixar claro quais são as mudanças: no cardápio, no layout das lojas, nos preços, em novos serviços. E não precisa ser nada custoso. Um garçom pode fazer isso com facilidade e educação. Avisos nos cardápios ou dentro do próprio restaurante também funcionam (confira novamente a dica 7).
9. Confete é bom para a empresa
“Jogar confete na gente mesmo é visto como algo egocêntrico, mas em outros países isso é muito comum”, afirma Martinelli. Saiba se empolgar pelas coisas boas realizadas pela sua rede ou restaurante para transmitir isso para seus consumidores. Mas seja realista, nada de se valorizar por coisas que não fez ou que não são verdade.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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