A Barbie acaba de incluir uma nova carreira ao seu extenso currículo. A fabricante de brinquedos Mattel anunciou na sexta-feira (22/06) o lançamento da Barbie Empreendedora, a última das 150 profissões da boneca desde sua criação, em 1959.
Apesar de já ter sido paleontóloga, astronauta e até presidente, a Barbie nunca foi vista como uma referência feminista no mundo. Muitos ativistas argumentam que a maior parte das atividades assumidas por ela eram estereótipos de trabalhos femininos, como aeromoça, professora, modelo e veterinária.
Equipada com um smartphone e um notebook, a Barbie Empreendedora vem com o intuito de mudar essa impressão. Ainda mais porque o lançamento ocorre num momento em que a discussão sobre a escassez de mulheres no Vale do Silício ganha destaque na imprensa e eventos.
Para cravar esse movimento à marca, a equipe de marketing da boneca fez uma associação com oito empreendedoras, entre elas Reshma Saujani, a fundadora da organização Girls Who Code, que reúne as poucas mulheres que atuam na área de tecnologia. Elas foram eleitas Chief Inspirational Officers (algo como Diretoras de Inspiração) da Barbie e participaram de uma discussão no Twitter na última quarta-feira para falar sobre suas carreiras e sonhos. A conversa ganhou a hashtag #BarbieChat.
Outra parte da campanha criará um perfil no LinkedIn para a Barbie Empreendedora (imagine colocar 150 carreiras em uma página na rede social?!) e anúncios com outra hashtag: #unapologetic (algo como "sem remorso"), em referência a uma campanha de várias marcas que destaca o fato de as mulheres sempre pedirem desculpas quando estão em ambientes considerados masculinos - como as empresas de tecnologia.
A estratégia é bastante agressiva, mas a revista americana Fast Company levantou um ponto importante: toda a campanha deve agradar muito mais as mães do que as crianças que brincam de Barbie. Será que um smartphone e uma página no LinkedIn são realmente capazes de mostrar às meninas que elas podem sonhar em se tornarem empreendedoras na área que bem entenderem?
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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