A Embraer, sediada em São José dos Campos, e a norte-americana Boeing anunciaram ontem a criação de um Centro Conjunto de Pesquisa na área de Biocombustíveis, que será implantado no Parque Tecnológico de São José.
As duas empresas assinaram um Memorando de Entendimentos nesse sentido.
O Centro terá o objetivo de desenvolver e amadurecer o conhecimento e as tecnologias que possibilitem o estabelecimento da cadeia de biocombustíveis sustentáveis para a aviação
Parceria. Embraer e Boeing já desenvolvem trabalhos conjuntos com esse foco.
Em 2011, uma parceria entre Embraer, Boeing e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) começou a desenvolver uma investigação que resultou no ano passado no lançamento do Plano de Voo para Biocombustíveis de Aviação no Brasil: Plano de Ação.
Esse documento aponta os principais rumos para o desenvolvimento de uma indústria sólida e sustentável de biocombustíveis para o setor aéreo no Brasil.
Compromisso. A indústria aeronáutica assumiu o compromisso de reduzir seu impacto ambiental e estabeleceu metas ambiciosas para atingir um crescimento neutro em carbono até 2020 e para reduzir emissões de dióxido de carbono em 50% até 2050, quando comparado aos níveis de emissão de 2005. Hoje, a indústria gera aproximadamente 2% das emissões de dióxido de carbono no planeta.
Diversas iniciativas vêm sendo desenvolvidas, inclusive no Brasil, para que se produza um biocombustível para aviação economicamente viável e que cumpra as estritas exigências aeronáuticas.
Uma dessas iniciativas, foi a demonstração da viabilidade técnica de um biocombustível produzido a partir da cana de açúcar, realizada através de voo-teste com um Embraer 195, durante a Rio+20, em 2012.
“A Embraer está comprometida em apoiar o desenvolvimento de biocombustíveis sustentáveis para a aviação, e os esforços conjuntos com a Boeing certamente contribuirão para que a empresa siga acompanhando a vanguarda das pesquisas no tema”, disse em nota Mauro Kern, vice-presidente Executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer.
O executivo ressaltou que “o Brasil tem tradição na área de combustíveis alternativos, além de possuir um enorme potencial a ser explorado na pesquisa em bioenergia”.
“A Boeing e a Embraer têm uma grande oportunidade de trabalhar em parceria para aprimorar as capacidades de biocombustível para aviação do Brasil, e também aumentar o acesso da indústria global ao biocombustível para aviação”", diz Al Bryant, vice-presidente da Boeing Pesquisa & Tecnologia-Brasil.
Boeing destaca compromissos
São José dos Campos
O projeto do Centro Conjunto de Pesquisa na área de Biocombustíveis deverá agora ser estruturado por meio de um Acordo de Colaboração entre a Embraer e a Boeing.
Segundo as duas companhias, está prevista também a possibilidade de que outras empresas e instituições tomem parte nas atividades de Pesquisa & Desenvolvimento. “Não foi informado quando o centro ir começar a operar.
“A Boeing trabalha com muito empenho em todo mundo para expandir o fornecimento de biocombustível sustentável para aviação e reduzir as emissões de carbono da indústria”, afirmou Julie Felgar, diretora executiva de Estratégia e Integração Ambiental da Boeing Aviação Comercial.
Ela disse que “o centro de pesquisa conjunto mostra o forte compromisso da Boeing e da Embraer para contribuir com o sucesso da indústria de biocombustível sustentável de aviação no Brasil”.
Fonte: O VALE
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