A Ama Terra, franquia de produtos ecológicos e sustentáveis, mais que triplicou de tamanho em 2013: começou janeiro com 15 unidades e fechou dezembro com 47. Neste ano, a meta é praticamente dobrar o número de operações e chegar a 93 franquias.
A rede existe desde 2009, mas a inspiração para o negócio surgiu dois anos antes. Na época, o fundador, Laurence Quinhones, carioca de 40 anos, trabalhava no antigo Banco Real e participou de um programa interno de liderança e sustentabilidade. "Foi aí que tive meu primeiro contato com a temática ambiental. Queria comprar produtos sustentáveis, mas as opções eram poucas", afirma. Percebendo essa carência no mercado e interessado em oferecer produtos que não agredissem o meio ambiente, Quinhones se juntou à esposa na criação da Ama Terra.
A empresa não surgiu para ser uma franquia – em seus primórdios, a Ama Terra era apenas uma loja física com presença na internet. Mas surgiram pessoas interessadas em parcerias e a Ama Terra lançou um modelo de microfranquia home-based no começo de 2012.
De acordo com Quinhones, a franquia é home-based porque a sede fiscal da unidade é na casa do franqueado. Mas o negócio é caseiro só até este ponto – o modelo da Ama Terra foi criado para ser itinerante. "O franqueado pode vender seus produtos em shoppings, praças, feiras ou na rua, dependendo da legislação de cada cidade", diz o fundador. Os atuais franqueados da Ama Terra operam com uma estrutura desmontável, de 2,5 m², usada para mostrar os produtos.
A Ama Terra oferece 340 produtos, entre roupas, utensílios e acessórios. Todos eles têm, no mínimo, uma tendência ecológica. Em outras palavras, os produtos podem ser feitos de materiais reciclados, matérias-primas renováveis ou simplesmente estimular um consumo mais consciente. "Nossas camisetas, por exemplo, têm poliéster de garrafas PET na composição. Também fazemos acessórios com juta. Além disso, produtos como ecobags fazem com que pessoas usem menos sacolas plásticas, algo ótimo para o planeta", diz.
Pelas limitações de espaço do modelo de microfranquia da Ama Terra, é impossível para transportar centenas de produtos diferentes. Por isso, o franqueado tem direito a uma loja virtual, em que pode vender tudo sem a necessidade de um grande estoque – a própria franqueadora entrega o pedido. "O franqueado pode até levar um estoque aonde vai, mas isso não é necessário, contanto que ele tenha um notebook ou tablet que sirva como mostruário dos produtos", diz Quinhones.
Apesar do sucesso do modelo itinerante, a Ama Terra decidiu lançar opções de franquia de quiosques e lojas físicas – de acordo com a empresa, muita gente estava interessada em um ponto fixo. O quiosque já foi lançado, enquanto as lojas físicas estarão à disposição dos interessados em março.
O modelo itinerante da Ama Terra tem investimento inicial de R$ 30 mil, sendo que dois terços do valor são referentes à taxa de franquia. Quanto ao quiosque, os preços aumentam: o investimento inicial fica em R$ 105 mil, com a taxa de franquia sendo também de R$ 20 mil. Os custos do modelo de loja só serão divulgados no mês que vem. Mais informações sobre os valores dos modelos básico e de quiosque da Ama Terra podem ser vistos aqui e aqui, respectivamente.
Os planos de expansão da Ama Terra preveem que, entre as 46 novas lojas, pelo menos dez sejam quiosques e três sejam lojas físicas. Mas o otimismo faz com que Quinhones reforce a possibilidade de a meta ser revisada para cima. “Nós provavelmente vamos superar as 93 unidades, mas preferimos traçar uma meta menor por enquanto”, afirma o carioca.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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