A franquia de padarias drive-thru Pão To Go começou a testar a entrega de pão francês e outros produtos com "drones", aviões não tripulados comandados por controle remoto, no mês de março.
Segundo Tom Ricetti, fundador da rede, os testes com o equipamento estão sendo realizados na loja de São Carlos (232 km a noroeste de São Paulo), a primeira unidade da franquia. "Acredito que em um futuro próximo, o uso do 'drone' será tão comum que quem não o tiver, não terá espaço no mercado", diz.
De acordo com Ricetti, o "drone" tem capacidade para carregar até 3,5 kg de carga e custa cerca de R$ 6.000 . As entregas, no entanto, estão sendo feitas dentro de um raio de 1 km em relação à padaria. "São entregas pontuais porque ainda estamos na fase experimental do serviço", diz.
Inicialmente, a aquisição de "drones" será opcional para os franqueados da rede, segundo Ricetti. Porém, a ideia é que o equipamento seja utilizado por todas as unidades da padaria drive-thru. "Ao comprar o 'drone', o franqueado receberá um treinamento para aprender a operar o equipamento e realizar as entregas", afirma.
Atualmente, o investimento inicial para abrir uma franquia Pão to Go é de R$ 150 mil (custos de instalação + taxa de franquia + capital de giro). O faturamento médio mensal é de R$ 50 mil e o lucro médio mensal de R$ 10 mil, segundo a empresa. Com o drone, o capital subirá para R$ 156 mi.
Brasil não tem regulamentação para uso de drone
A estratégia da Pão To Go, no entanto, esbarra no fato de que não existe regulamentação no Brasil para o uso comercial de "drones". Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a norma que regulamentará o uso dos aviões não tripulados no país está sendo elaborada, mas não há prazo para a publicação.
A Anac informa, ainda, que, por enquanto, só é permitido o uso de "drones" para pesquisa e desenvolvimento, treinamento de tripulações e pesquisas de mercado mediante cadastro na entidade. O uso do equipamento para fins lucrativos ou dentro de áreas urbanas é proibido.
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