A Grow, empresa brasileira que fabrica jogos de tabuleiro desde 1975, está digitalizando suas brincadeiras mais conhecidas. Em parceria com a Sioux, que atua há mais de 10 anos no mercado de games, jogos como Imagem & Ação, Perfil, Super Trunfo, ABC Animado e War já podem ser encontrados no meio digital. Os aplicativos são gratuitos e estão disponíveis para dispositivos dos sistemas iOS, Android e Windows.
Para Marcelo Rovaí, 43 anos e presidente da Grow, a migração dos jogos do analógico para o digital é necessária pelo grande crescimento do mercado de smartphones nos últimos anos. Com a digitalização, a empresa planeja atrair um público mais jovem, com idade entre 15 e 25 anos, e que pouco teve contato com os produtos da empresa.
Segundo Rovaí, a digitalização em si é rentável, mas faz parte de um objetivo maior: fazer a nova geração conhecer o aplicativo das marcas e, posteriormente, se interessar pelos produtos “analógicos” da empresa. “Os tabuleiros nunca vão deixar de existir. Pelo contrário, agora eles ganharão atenção especial com as versões online das marcas”, diz o executivo.
Parceria
O processo de migração dos jogos da Grow para o meio digital vem sendo feito pela Sioux, empresa que desenvolve games e estratégias digitais.
Para o presidente da Sioux, Guilherme Camargo, 38 anos, a iniciativa da Grow é tendência no Brasil. Para ele, qualquer jogo com origem no mundo físico deve ser recriado em plataformas online. “Infelizmente, hoje ninguém tem mais tempo para reunir os amigos e jogar em volta de uma mesa. No digital, é possível jogar nas mais variadas plataformas e ainda podemos fazer novos amigos”, diz.
Mercado
Para ambos os executivos, o mercado de jogos digitais no Brasil tende a crescer muito mais que o mercado de brinquedos. Segundo Rovaí, mesmo que a massa dos consumidores brasileiros não esteja totalmente inserida nos tablets e smartphones, a tendência é que haja uma elevação no número de usurários em jogos online. “O Brasil vem acompanhando o ritmo dos outros países. Por mais que o nosso mercado seja menor que o mundial, em temos de desenvolvimento corremos em paralelo.”
Para Camargo, o mercado de games está aquecido e os desenvolvedores brasileiros, hoje, têm capacidade suficiente para desenvolver jogos – o que representa uma mudança de paradigma, já que a produção do setor era exclusiva de Estados Unidos e Japão. O problema é que as empresas nacionais ainda não investem muito em estratégias de gamificação. “Cada vez mais a tecnologia está acessível, mas tudo muda muito rápido. As empresas precisam se atualizar para não ficar para trás”, afirma.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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