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Indústria brasileira cresceu em janeiro, segundo índice internacional

03/02/2014

A atividade industrial brasileira iniciou 2014 com expansão em janeiro, movimento mantido pelo segundo mês seguido, impulsionada pelas encomendas de novos pedidos, mostrou o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira (3).

O Markit informou que o PMI da indústria brasileira atingiu 50,8 em janeiro, acelerando ante os 50,5 de dezembro e pelo segundo mês acima da marca de 50, que separa crescimento de contração. Em novembro o indicador havia ficado em 49,7.

"O crescimento da produção menor foi mais do que compensado por um aumento mais forte nas novas encomendas", destacou o economista-chefe do HSBC, André Lóes.

A expansão do volume de novos pedidos em janeiro foi a mais rápida em onze meses, com as empresas destacando fortalecimento nas condições da demanda.

Segundo o Markit, houve aumento nos volumes de pedidos recebidos pelos produtores de bens de consumo e de mercadorias semiacabadas. Mas as empresas de bens de investimento registraram queda.

Apesar disso, a taxa de crescimento da produção foi apenas marginal e a mais lenta desde setembro de 2013, centrada no subsetor de bens de consumo. As condições também melhoraram entre os produtores de bens intermediários, mas pioraram entre os de bens de capital.

Assim, o nível de empregos caiu em janeiro, mas embora a queda tenha sido modesta foi a décima seguida, com cerca de 4 por cento dos entrevistados relatando níveis mais baixos de funcionários.

"As evidências provenientes dos entrevistados ressaltaram uma perspectiva econômica incerta e, em menor proporção, uma escassez de mão de obra especializada", informou o Markit, destacando que houve queda entre os produtores de bens intermediários e de bens de investimento.

Inflação
Flutuações desfavoráveis das taxas de câmbio foram destacadas como motivo para a alta dos preços pagos pelas matérias-primas em janeiro. Nesse cenário, a inflação dos insumos foi a mais forte em três meses e acelerou em todas as três subcategorias.

Apesar disso, a persistência das pressões competitivas fez com que o aumento dos preços cobrados fosse o mais lento em um ano e meio.

A indústria apresentou ao longo de 2013 desempenho errático, que dificultou a recuperação da economia como um todo. De acordo com a FGV, a confiança no setor iniciou 2014 em queda de 0,4 por cento, pressionada pelo índice de expectativas.

Fonte: Uol

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