Os pudins são a especialidade das empresárias Daniela Alipert, 33, e Fernanda Nader, 38. A loja delas, a Fôrma de Pudim, em São Paulo (SP), vende 12 tipos da sobremesa, que vão desde o tradicional, de leite condensado, até sabores como café, chocolate belga, brigadeiro, paçoquinha, avelã e pistache, todos de fabricação própria.
A loja comercializa o pudim inteiro dentro de uma forma de alumínio, daí o nome da empresa. O produto vem pronto e basta apenas desenformá-lo antes do consumo. Nader afirma que são vendidos entre 500 e 800 pudins por mês mas, em dezembro, sobe para 1.500 por causa das festas de fim de ano. O gasto médio de cada cliente é de R$ 65. O faturamento, no entanto, não foi revelado.
As empresárias trabalham com três tamanhos de pudim: pequeno (500 g), que custa R$ 48; médio (1 kg), R$ 77; e grande (1,7 kg), R$ 99. "Trabalhamos, principalmente, com a venda sob encomenda, mas dispomos de alguns sabores para pronta-entrega, como o tradicional, brigadeiro, pistache e chocolate belga, que são nossos carros-chefes", declara Nader.
A empresária diz que ela e a sócia estudam ampliar o espaço e colocar cadeiras e mesas para que os clientes possam comer a sobremesa no local. "A ideia é vender o pudim em pedaços individuais, o que ainda não fazemos, junto com um café. Porém, não temos previsão de quando isso será possível."
Sobremesa era obrigatória nos jantares da família de chef
De acordo com Nader, a ideia de montar o negócio surgiu quando a sócia, que é chef de cozinha, preparou um pudim como sobremesa para um jantar em família. "Todos adoraram e, a partir daí, o pudim dela se tornou obrigatório nos demais encontros da família", afirma.
Em dezembro de 2011, as duas se juntaram para vender alguns pudins para as festas de fim de ano. Em um mês, a empresária afirma ter recebido cerca de cem pedidos. "Na época, era funcionária de uma empresa. Levei o doce para a festa de amigo-secreto e muitos colegas já encomendaram o produto."
Com o resultado positivo, as sócias investiram R$ 80 mil em equipamentos de cozinha e na reforma de um imóvel alugado para montar a loja. "Um dos nossos diferenciais é vender o pudim com uma embalagem charmosa e um laço. O produto acaba se tornando um presente", declara Nader, que largou o emprego e se dedica exclusivamente ao negócio.
Clientes de lojas especializadas são mais seletivos
Para o consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo) Ruy Barros, há uma tendência no mercado de lojas especializadas. "Já existem negócios que vendem apenas brigadeiros e bolos, por exemplo, que, inclusive, tornaram-se franquias", diz.
No entanto, Barros diz que os produtos de uma loja especializada precisam ter mais qualidade do que os encontrados em outros estabelecimentos. Segundo ele, as lojas também devem ter um ambiente agradável e o atendimento precisa ser personalizado.
"O cliente desse tipo de negócio é mais seletivo e busca algo além do convencional. Ele não está tão preocupado com o preço, pois o pudim na padaria sairia bem mais barato. Ele quer qualidade", declara.
Segundo o consultor, a loja especializada atinge um nicho de mercado relativamente pequeno. No entanto, para crescer, a empresa deve incrementar o cardápio com outros produtos complementares ao pudim.
"É claro que toda mudança deve vir a partir da necessidade do público, caso contrário o negócio pode ser descaracterizado e perder espaço no mercado", afirma.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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