O Procon de São José dos Campos registra por mês cerca de 300 reclamações contra planos de saúde. Segundo o órgão, 66% dessas reclamações são porque os convênios se recusaram a prestar algum tipo de atendimento, como exames ou autorizações para cirurgias.
A podóloga Lídia Pires descobriu, há menos de um mês, que está com câncer no mediastino, uma membrana que fica entre o coração e o pulmão. Ela fez vários exames e descobriu o câncer, mas para começar o tratamento, ela precisa de outro exame, que vai indicar se o tumor se espalhou para outros lugares do corpo. O problema é que o convênio negou o pedido médico.
"O médico da Unimed está negando esse pedido do médico. Eles dizem que não me enquadro nesse pedido e eu tenho que dizer que estou com câncer. O exame fica no valor de R$ 3.418, eu não tenho condições de pagar e a Unimed está me negando. Sem isso não vou conseguir tratamento", afirma a podóloga. Ela afirma que paga cerca de R$ 1 mil de mensalidade no plano médico.
A diretora do Procon, Aparecida Borges, explica que o paciente precisa ficar atento ao contrato. “O convênio é obrigado a autorizar o que contrato der cobertura e mesmo que não tiver cobertura e o paciente precisar, é possível haver conversa".
A diretora disse ainda que é preciso ficar de olho para que o pedido do médico seja seguido. "Muitas vezes os convênios continuam negando o pedido e muitas vezes se discute o que é pedido pelo médico. Por exemplo, se a prótese vai ser internacional ou nacional, e escolhem a nacional, que é mais barato, contrariando o que o medio está pedindo", afirmou.
Outro lado
Em nota, a Unimed informou que o não atendimento à solicitação da paciente está baseada nas diretrizes de utilização previstas no rol de procedimentos e eventos da saúde, na Agência Nacional de Saúde.
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