A tinta magnética, que permite a leitura óptica e magnética de dados, ganhou uma inovação com uma empresa brasileira. Quando surgiram, as impressões com tinta magnética eram feitas com fitas magnéticas e depois passaram para a impressão a laser. Agora, a empresa mineira Nanum propõe uma mudança no setor ao usar a nanotecnologia para permitir a impressão com jato de tinta, que amplia a capacidade de impressão por minuto. Outra vantagem da inovação é que o toner para impressão magnética a laser usa solventes tóxicos, enquanto que a nova fórmula é à base de água, ferro e alguns componentes não tóxicos.
Para chegar a essa inovação foram cinco anos de pesquisa básica e mais quatro anos de pesquisa aplicada, segundo Tarik Della Santina Mohallem, fundador da empresa e diretor de pesquisa e desenvolvimento. “Nós entramos com uma tinta inovadora, pois conseguimos transformar um líquido com 30% de sólidos dispersos em uma tinta funcional”, explica.
Ele conta que os potenciais clientes dessa tinta são empresas como Hewlett-Packard (HP), Xerox, Epson, Lexmark, Kyocera e Ricoh, além de instituições financeiras, seguradores e governos que utilizam as impressoras das marcas citadas para impressão de cheques e demais documentos fiscais. “A tinta está no mercado e a HP já é uma cliente”, afirma Mohallem.
A HP, aliás, já era cliente da Nanum antes dessa inovação. Há dois anos a empresa fornece xarope (uma versão concentrada de tinta) para a multinacional. “A HP hoje é responsável por 60% da produção da Nanum”, afirma Mohallem.
A Nanum surgiu em 2003, quando Mohallem era estudante de física da Universidade Federal de Minas Gerais. Para alavancar o negócio, os pais do empreendedor – professores da UFMG – entraram como sócios- financiadores. Hoje, eles não fazem mais parte da sociedade e 51% da empresa pertence à Clamper, que fez um aporte de R$ 4 milhões no negócio.
Em 2013, o faturamento da Nanum ficou em R$ 6,9 milhões, bem mais do que os R$ 2 milhões do ano anterior. “O incremento vem do aumento da demanda e da nossa capacidade produtiva”, diz Mohallem.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Voltar | Índice de Notícias |