Cerca de 1300 estudantes de engenharia do Brasil e de outros quatro países participaram neste fim de semana em São José dos Campos do Aerodesign, competição de pequenas aeronaves criadas por estudantes de engenharia. O grupo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) foi o vencedor da competição e vai representar o país na competição mundial que acontecerá em março nos Estados Unidos.
O desafio dos universitários era projetar e construir aviões, em uma escala menor, mas com capacidade de voo e carga estabelecidos. Os mini-aviões construídos são resultados de um ano inteiro de estudo e trabalho apresentados durante os três dias da competição e, em alguns casos, exigem adaptações, como o projeto dos alunos da Amazônia.
“Na nossa região não tem muito o comércio de aerodesign e aeromodelo, mas a gente soube contornar a situação, usamos a criatividade e construímos uma asa super resistente. Fizemos um voo perfeito”, diz o estudante do Amazonas, Victor Valente.
Segundo os organizadores, a competição é uma espécie de teste final de faculdade e funciona também como uma vitrine para os estudantes. Na edição deste ano, 68 instituições de ensino superior foram representadas e 95 aviões foram apresentados. As aeronaves são de equipes estrangeiras, da Venezuela, do México, do Peru e da Polônia e de 87 equipes brasileiras, que representam 16 estados.
Depois de prontos, os aviões passam por um controle de qualidade antes de serem levados para a pista de decolagem, onde a avaliação é cronometrada. A pontuação é calculada de acordo com o tempo e a distância corretos para a decolagem. Os projetos têm como desafio completar o trajeto e pousar sem quebrar.
“Os engenheiros que fazem a avaliação técnica dos projetos ficam impressionados (ao ver) como os estudantes estão utilizando técnicas avançadas de simulação, de análise estrutural, com foco na indústria aeronáutica, mas que pode ser perfeitamente direcionado a outras aplicações”, comenta o organizador do evento, Horácio Forjaz.
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